Ele cansou de esperar uma atitude. E permanecia ali, sempre quieto e deixando-se levar pela inércia dos fatos, dia após dia. Mas as coisas não caminham só e ele pensava intuitivamente que já estava na hora de mudar. Ele vivia a busca de algo. Uma busca solitária, que acabava afastando-o do mundo, dos amigos e dos amores. O que era ele não sabia. Talvez nunca saberia, talvez não havia o que ser buscado, apenas vivido em estado de não pertencer a lugar nenhum - como quando a gente acredita não em um, mas em todos os deuses. Talvez ele se tornasse um viajante solitário de terras cada vez mais longínquas. Alguém sem laços. Alguém sem lenços e documentos. Um turista acidental, confirmando a sensação de, apesar daquela imensa gratidão por ser humano, ter nascido estrangeiro para a humanidade. Ou, como cantam, um perfeito Englishman in New York...
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