O salto quebrado.
O vidro trincado.
As cores partidas.
Nada disso...
Algo despedaçou-se dentro de mim.
Wednesday, June 24, 2009
Pergunta aos oráculos.
Uma vez me disseram que se eu não existisse, Frank Miller me criaria...
Será que assim como Elektra e o Demolidor estou fadada aos amores-tragédias-gregas-impossíveis?
Será que assim como Elektra e o Demolidor estou fadada aos amores-tragédias-gregas-impossíveis?
Tuesday, June 23, 2009
Monday, June 15, 2009
Tuesday, June 02, 2009
Polissêmia Imperfeita
O coração é tal qual uma invenção moderna que tem causado forte dependência aos usuários, como um objeto celular, embora muita gente não saiba, o que é muito triste. Não dão um coração à você, é você que é dado à um deles.
Quando te oferecem esse pequeno músculo pulsante-vibrante, não estão te dando nada de coração. Dão um novo órgão de posse, um bem, algo que lhe pertence mas não é seu corpo. Dão à você algo vulnerável e ilusório. Te dão a necessidade de [re]carregá-lo freqüentemente para que continue vivo, a obsessão de olhar momentaneamente se há ligações, mensagens, checar se a hora certa foi perdida; lhe fornecem o medo de que seja roubado, de perdê-lo, de que possa cair, partir, despedaçar.
Dão a marca e a mania de mostrar e de comparar ao dos outros. A mania de querer freqüentemente trocar por um modelo melhor. Te dão o trabalho de reaprender a usar e se adaptar a cada troca feita. Dão a obrigação de armazenar tudo na memória.
Quando lhe dão um coração estão lhe dando algo para ouvir e falar diariamente. Dão algo que no momento do merecido silêncio tocará sons polifônicos dos mais diversos tipos. É um aparelho de onde saem vozes estranhas ou as mais familiares, ou às vezes estranhas que lhe parecem familiares. O celular é algo que pode mudar o seu humor em poucos segundos. O coração é algo que pode mudar a sua vida em poucos segundos. O celular é um aparelho que às vezes nos dá a vontade de tacar na parede. Quando lhe dão um coração, estão te entregando um convite ao primeiro canto de Dante e lá não há caixa-postal nem torpedos de Eros.
E então, qual é o número do teu coração? Inspirado no conto de Julio Cortázar
Quando te oferecem esse pequeno músculo pulsante-vibrante, não estão te dando nada de coração. Dão um novo órgão de posse, um bem, algo que lhe pertence mas não é seu corpo. Dão à você algo vulnerável e ilusório. Te dão a necessidade de [re]carregá-lo freqüentemente para que continue vivo, a obsessão de olhar momentaneamente se há ligações, mensagens, checar se a hora certa foi perdida; lhe fornecem o medo de que seja roubado, de perdê-lo, de que possa cair, partir, despedaçar.
Dão a marca e a mania de mostrar e de comparar ao dos outros. A mania de querer freqüentemente trocar por um modelo melhor. Te dão o trabalho de reaprender a usar e se adaptar a cada troca feita. Dão a obrigação de armazenar tudo na memória.
Quando lhe dão um coração estão lhe dando algo para ouvir e falar diariamente. Dão algo que no momento do merecido silêncio tocará sons polifônicos dos mais diversos tipos. É um aparelho de onde saem vozes estranhas ou as mais familiares, ou às vezes estranhas que lhe parecem familiares. O celular é algo que pode mudar o seu humor em poucos segundos. O coração é algo que pode mudar a sua vida em poucos segundos. O celular é um aparelho que às vezes nos dá a vontade de tacar na parede. Quando lhe dão um coração, estão te entregando um convite ao primeiro canto de Dante e lá não há caixa-postal nem torpedos de Eros.
E então, qual é o número do teu coração? Inspirado no conto de Julio Cortázar
Thursday, May 28, 2009
Uma nova canção.
Ainda atordoada, pousei minha retina com a delicadeza de quem marca a vida com suspiros e pontapés. Uma sinestesia dentro de mim esperava a tempestade passar nos últimos tempos...
Agora repousando dentro do meu casulo, visualizei aquele semblante com aqueles olhos de primeira vez. No ar a sensação de paz e arrego guardava a memória de uma máscara melancólica e soturna. Quis encarar o espelho pronta para me defender, mas os seus olhos sequer me acusaram : aquilo que foi o meu vício de outrora não necessitava de mais cuidado.
Remexendo nas minhas vias interiores, vi o reflexo de toda uma vida abstrata, conceitual. O efeito durou uns sete minutos e algumas epifânias.
Talvez a beleza noir dele fosse um mistério indecifrável da alma e do corpo que não dialogavam entre si. Talvez aqueles gritos tormentosos e sinceros fossem versos da poesia inevitável da dor do existir. Talvez...
Ele abriu a porta e arrastou consigo tudo o que a leve brisa carrega suavemente pelos ares. E eu não pude dizer nada. Estranho é se descobrir assim e ver que de repente o mundo fica mais singelo e bonito.
O fato é que, mais uma vez, não por acaso, vida e arte se confundem e me confundem. E não por acaso deixei parte da dor esquecida num jardim de inverno.
Monday, April 27, 2009
Monday, April 13, 2009
Friday, March 20, 2009
Momento Bukowski
Trouxas são os que falam com o coração à quem só quer ouvir com o que tem entre as pernas!
J'adore!
Meu amor, não sei se falo aqui sobre você ou sobre o amor.
Parece ser tudo a mesma coisa!
Seus olhos sempre me almejam carinhosamente e o mundo pára quando olho teus movimentos únicos que pontuam o universo de lindos acordes dissonantes.
Você tem o tamanho do infinito.
E tem o poder de mudar meus estados físicos e de me propagar em ondas de rádios ou fótons de luz.
Seu abraço me enlvolve em horizontes jamais explorados.
E a sua ternura é o compasso das nossas risadas inebriantes.
Você é o meu amor.
E o amor que escolhi para a minha vida!
Se sonhos acabam? Eu quero esse eterno!
Amo você, demais, meu amor!
Thursday, March 19, 2009
Fragmentos antigos
...E foi por isso que perdi
o meu mais doce olhar
no medo, no frio e na solidão
que abraça o mundo do outro lado e
que a tudo quer ver, ouvir e silenciar.
Deixei que o meu olhar repousasse
sobre a escuridão silenciosa da noite
nas tormentosas insônias
das minhas pálpebras molhadas
e dos meus impáfidos gestos reversos.
Para que no momento exato
ser despertada e salva
daquele seu cálido feitiço impiedoso...
o meu mais doce olhar
no medo, no frio e na solidão
que abraça o mundo do outro lado e
que a tudo quer ver, ouvir e silenciar.
Deixei que o meu olhar repousasse
sobre a escuridão silenciosa da noite
nas tormentosas insônias
das minhas pálpebras molhadas
e dos meus impáfidos gestos reversos.
Para que no momento exato
ser despertada e salva
daquele seu cálido feitiço impiedoso...
Wednesday, March 18, 2009
Tuesday, February 17, 2009
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