Wednesday, December 06, 2006
Rascunhos
"Olhe profundamente para dentro da vida e encontrará sempre o desespero"
Friedrich Nietzsche
...Aquilo era um vaso. Que caiu e se despedaçou no chão.
No ar um som sugestivo de vento. Há quem procure por pessoas descuidadas ou que não respeitaram a santidade dos vasos amorosos. Há quem pense em supercolas e delicadezas para reconstruir com os mesmos moldes o vaso quebrado. Mas ele já está despedaçado.
Há alguns anos eu pensaria do que serviria um vaso se não há flor que lhe dê razão, se é só um vaso a mercê da solidão?
Agora penso que flores não precisam de vasos. Estão elas todas a mercê do tempo. E todos estes vasos partidos formarão um mosaico do que fomos, do que somos e do que poderíamos ter sido e do qual o coração é apenas um caco.
Wednesday, July 05, 2006
Rascunhos
Meus olhos estão salinos e saudosos. Nosso itinerário está sendo desfeito enquanto chegamos. Não tenho coragem de virar meu rosto para encontrar o seu. Sinto sua falta na periferia dos meus olhos enquanto observo a cidade através da janela. Mas, meu amor, eu fingia muito bem estar prestando atenção nas ruas quando suas ruas eram o que me guiava. A minha respiração lenta não chamou sua atenção.
Tuesday, May 16, 2006
Tuesday, May 02, 2006
Wednesday, March 22, 2006
Tuesday, March 14, 2006
Em algum lugar de nós ficou escrito o poema nascido da intensidade da procura projetada no espaço na busca do infinito na melodia em acordes de desejo e nas asas de poesia algum lugar existe onde continuam ressonando os ritmos do coração da pele do rim Ouça, escute Sempre se recria a ternura deitada de sonhos onde um dia nos refazemos e falar desse lugar é tocar o múltiplo singular e é chegar o mais perto daquilo que vem com a saudade |
Gira-Som
Eu tenho um girassol que é mais amarelo de todos. presente de um indivíduo que tem uma vértebra a mais e que me ensina todas as segundas a dança dos homens. só que deu no girassol de se parecer com a dona e ele brigou com o sol Gritou Murchou -Existe arrependimento pra girassol??? |
Friday, March 10, 2006
Alter Ego
Ontem tive conversas tortas com um menino certo....Sim, meu alter ego é masculino e infante.
Ficou decidido, eu canhota e ele destro...
E concluí, sem a ajuda dele...Minha patologia é crônica, portanto, fujam de nós enquanto há tempo..
Ficou decidido, eu canhota e ele destro...
E concluí, sem a ajuda dele...Minha patologia é crônica, portanto, fujam de nós enquanto há tempo..
Wednesday, February 08, 2006
Alfabeto
Há dias procuro em mim a tua escrita,
tuas marcas e teus desejos
Mas a tua escrita amorosa em minha pele
é alfabeto sem vogais,
único e conceitual,
suave e singular.
É um código secreto
Não está na língua do povo
e diz respeito ao nosso tato.
Nossos sorrisos e nossos horizontes.
Com a ponta dos dedos absortos
beijo a tua face e num enlace
revela -se a nossa libido.
Tua leitura exige desenhos flamejantes
As linhas vão se firmando
Na minha pele, na tua alma
No meu ser, no teu sonho
Há uma pintura de coração na minha cabeça
E a palavra leitura no lado esquerdo do peito
A tua escrita é leve, tão leve
Que tu me marcas com tinta forte e penetrante
ao invés de lápis e grafite.
Wednesday, February 01, 2006
Teu olhar
Acredito haver muitas esperanças por aí...
Senão por que continuaríamos a escrever histórias? Acordar e ir pro trabalho, estipular metas e tolerar ocasiões? Traçar roteiros, viajar, marcar encontros, conhecer novos amigos? Qual o motivo do bom humor? Da arte, do belo? De onde vem a vontade de sair correndo na chuva, na grama, de sentir o perfume das flores? O desejo de pintar quadros, fazer um novo curso, ensinar o que sabemos? Por que desafiar as crenças, ler livros, compor canções, buscar a fé? Dançar pelos caminhos, andar de mãos dadas, permitir-se apaixonar pela vida, por alguém, por algo? Por que a ousadia de desafiar o medo, a busca de novos conhecimentos, a sensação prazeroza ao ver um sorriso, ao procurar uma estrela, ao contemplar o pôr-do-sol?
Por que esperar pela noite? Por que esperar pelo dia?
Sim, eu acredito haver muita esperança por aí...
E no seus olhos, muito mais.
Senão por que continuaríamos a escrever histórias? Acordar e ir pro trabalho, estipular metas e tolerar ocasiões? Traçar roteiros, viajar, marcar encontros, conhecer novos amigos? Qual o motivo do bom humor? Da arte, do belo? De onde vem a vontade de sair correndo na chuva, na grama, de sentir o perfume das flores? O desejo de pintar quadros, fazer um novo curso, ensinar o que sabemos? Por que desafiar as crenças, ler livros, compor canções, buscar a fé? Dançar pelos caminhos, andar de mãos dadas, permitir-se apaixonar pela vida, por alguém, por algo? Por que a ousadia de desafiar o medo, a busca de novos conhecimentos, a sensação prazeroza ao ver um sorriso, ao procurar uma estrela, ao contemplar o pôr-do-sol?
Por que esperar pela noite? Por que esperar pelo dia?
Sim, eu acredito haver muita esperança por aí...
E no seus olhos, muito mais.
Tuesday, January 24, 2006
Lapsos de scraps
Vivo em pétalas de bem-me-quer, mal-me-quer. . .
Um dia quase estouro de alegria, outros a vida insiste em dizer-me...........
Agora chega a brincadeira.
Um dia quase estouro de alegria, outros a vida insiste em dizer-me...........
Agora chega a brincadeira.
Thursday, January 19, 2006
:: Caminhos
Pela pintura e pelos tijolos percebe-se que por aqui existiu uma passagem...
Talvez tenha se erguido um muro de concreto, e tentado portões e grades.
Talvez tenha se permitido o fluxo e a invasão.
Mas hoje só há uma fria parede.
Sem retoques e acabamentos.
Apenas a dura e seca parede que na aspereza nota-se como ainda machuca os que ali tocam.
Como os caminhos do seu rosto que esconde o sorriso gélido.
Ou como o caminho do meu coração,
mesmo que eu diga que eu já não choro mais.
Talvez tenha se erguido um muro de concreto, e tentado portões e grades.
Talvez tenha se permitido o fluxo e a invasão.
Mas hoje só há uma fria parede.
Sem retoques e acabamentos.
Apenas a dura e seca parede que na aspereza nota-se como ainda machuca os que ali tocam.
Como os caminhos do seu rosto que esconde o sorriso gélido.
Ou como o caminho do meu coração,
mesmo que eu diga que eu já não choro mais.
Wednesday, January 18, 2006
Da Série dos Lençóis
Querido,
Você partiu há algumas poucas horas e a casa já está à sua espera. Nem preciso dizer o quanto você levou de mim junto com seu casaco que te abraça no meu lugar nessa fria madrugada. Voltei pro quarto depois de me despedir de ti com o meu beijo de amor à porta da sala, e minha mente já começou a guardar pedaços das nossas vidas juntas. Os filmes que não vimos, as músicas que nao dançamos, as risadas que ainda ecoam pelo ar, o seu chinelo debaixo da nossa cama, a sua escova de dentes, as nossas travessuras e nossos momentos mapeados no lençol que me chamou de volta para sentir o seu cheiro ainda fresco e o calor do seu corpo que ainda permanece por lá... Minha devoção vai retocando as lembranças dos dias e dos momentos mais felizes que vivi ao seu lado e que me fazem ter a certeza do sentido da minha existência.
Gosto da sua mão na minha quando vamos ao parque, ao cinema, ao mercado, ou ao simples atravessar da rua...Gosto da sua mão acariciando o meu coração. Gosto da sua mão moldando a nudez da minha alma. Gosto da sua mão esculpindo suavemente o meu rosto. Gosto da sua mão tentando me fazer entender o seu amor. E por fim gosto da sua mão me amando de maneira única, como é o nosso amor...
Wednesday, January 11, 2006
Apenas mais um suspiro...
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
meus seios inda estão nas suas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir
(EU TE AMO - Tom Jobim e Chico Buarque)
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
meus seios inda estão nas suas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir
(EU TE AMO - Tom Jobim e Chico Buarque)
Tuesday, January 10, 2006
:: Ad Eternum
Em "Faraway, So Close" de Wim Wenders, o anjo Cassiel explicando a razão da morte:
-Por que alguém tem que morrer?
-Alguém tem que morrer para que o resto tenha uma vida mais significativa.
------------------------
-Estou cansada, Cassiel...É cansativo demais amar alguém que só nos afasta...
-Por que alguém tem que morrer?
-Alguém tem que morrer para que o resto tenha uma vida mais significativa.
------------------------
-Estou cansada, Cassiel...É cansativo demais amar alguém que só nos afasta...
Monday, January 09, 2006
Sunday, January 01, 2006
Narcisismo?
Eu descobri que me apaixono pela mente das pessoas...
A minha imaginação faz estragos dentro de mim...
Então, não seria pela minha mente que me apaixono????
A minha imaginação faz estragos dentro de mim...
Então, não seria pela minha mente que me apaixono????
Subscribe to:
Posts (Atom)